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Elias Diniz afirma que prefeitura só vai se manifestar sobre multa diária paga pela Vale depois que a empresa entregar a obra da adutora

Elias Diniz afirma que prefeitura só vai se manifestar sobre multa diária paga pela Vale depois que a empresa entregar a obra da adutora

Em resposta a um questionamento do Achei Pará de Minas sobre a multa diária de R$ 100 mil que a Vale vem pagando por cada dia de atraso na entrega da adutora do Rio Paraopeba, no distrito de Córrego do Barro, o prefeito Elias Diniz afirmou nessa quinta-feira (22) que a prefeitura só vai se posicionar oficialmente sobre este assunto depois que a Vale entregar a obra.

"Quando a empresa nos comunicar que entregou a adutora é que iremos falar sobre esta multa. A partir deste momento poderemos sentar e discutir quais as tratativas serão tomadas", afirmou Elias Diniz. A obra deveria ter sido entregue pela mineradora no dia 10 de julho e o valor acumulado da multa já estaria em R$ 10,5 milhões.

A construção da adutora faz parte de um conjunto de ações adotadas pela Vale para garantir o fornecimento de água a Pará de Minas. O município também foi atingido pelo rompimento da barragem de Brumadinho ocorrido em janeiro do ano passado, uma vez que a cidade tinha no rio Paraopeba a sua principal fonte de captação de água.

Elias Diniz destacou ainda à reportagem do Achei Pará de Minas que quando a Vale entregar a obra da adutora também vai apresentar laudos assumindo a responsabilidade técnico de tudo aquilo que foi feito. "A obra está sendo feita por uma equipe de engenheiros altamente qualificada. Diante disso, nós vamos receber a adutora com toda a segurança possível", assegurou o prefeito.

Nessa quinta-feira (22), em uma audiência de conciliação, a Vale não conseguiu chegar a um acordo com o governo de Minas Gerais para reparação e compensação por danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. O governo mineiro pede R$ 26 bilhões por danos econômicos, como a queda de arrecadação. Outros R$ 28 bilhões são reivindicados por danos morais coletivos e sociais.

Segundo a Vale, houve progresso nas conversas, mas a empresa não deu detalhes sobre o valor que pretende desembolsar para reparar o estado. A reunião ocorreu na sede do Tribunal de Justiça, em Belo Horizonte, com a presença do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública de Minas Gerais, mas sem a participação dos representantes das vítimas do rompimento da barragem.

A exclusão foi motivo de protesto. Cerca de 150 pessoas se reuniram na sede administrativa da empresa em Brumadinho. O ato foi organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). O Ministério Público Federal (MPF) se negou a participar da reunião. A próxima reunião está agendada para o dia 17 de novembro, e desta vez prevê a participação de representantes das vítimas.

Texto: Antônio Anderson (com informações da Agência Brasil)

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