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Cenários desiguais ainda são um grande problema para as mulheres

Cenários desiguais ainda são um grande problema para as mulheres

Considerado um marco na luta das mulheres por mais oportunidades e reconhecimento, o 8 de março foi instituído como Dia Internacional da Mulher pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975. Muitos historiadores relacionam a data a um incêndio ocorrido em 1911, em Nova York, no qual 125 mulheres morreram em uma fábrica têxtil. A partir daí, protestos sobre as más condições enfrentadas pelas mulheres trabalhadoras começaram a ganhar espaço.

Maioria da população brasileira, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ainda enfrentam cenários desiguais, seja na divisão das tarefas domésticas ou nos ganhos no mercado de trabalho. Em vários lares, elas são arrimo e sustentam sozinhas suas famílias. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), em 2018, 45% dos domicílios brasileiros eram comandados por mulheres.

Apesar de liderarem casas e assumirem as contas, as mulheres ainda têm de lidar com a discriminação. Estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) mostra que 90% da população mundial ainda tem algum tipo de preconceito na questão da igualdade de gênero em áreas como política, economia, educação e violência doméstica.

Em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal, as mulheres recebem remuneração média inferior a dos homens. A pior situação para as trabalhadoras é observada no Mato Grosso do Sul, onde a remuneração média das mulheres equivale a apenas 65,4% da recebida pelos homens. A melhor relação é observada no Amapá, onde os valores são muito próximos, embora as trabalhadoras também estejam em desvantagem. 

Os números foram compilados pela consultoria IDados com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio e são referentes ao terceiro trimestre do ano passado. Outro problema vivido pelas mulheres é quanto à violência. Os canais de denúncia de violações de direitos humanos do governo federal receberam 105.821 denúncias de violência contra a mulher ao longo do ano de 2020, o equivalente a 290 casos por dia. Os casos foram relatados por meio do Ligue 180 e do Disque 100.

O balanço foi divulgado nesse domingo (7) pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Do total de registros, 72% eram referentes à violência doméstica e familiar contra a mulher. "De acordo com a Lei Maria da Penha, esse tipo de violência é caracterizado pela ação ou omissão que causem morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico da mulher. Ainda estão na lista danos morais ou patrimoniais a mulheres", detalhou o ministério.

Outros 28% dos relatos eram referentes à violação de direitos civis e políticos, como condição análoga à escravidão, tráfico de pessoas e cárcere privado. "Também estão relacionadas à liberdade de religião e crença e o acesso a direitos sociais como saúde, educação, cultura e segurança", acrescentou a pasta. As denúncias de violências contra a mulher representam cerca de 30% de todas as denúncias realizadas no Disque 100 e no Ligue 180 em 2020. 

Fontes: Agência Brasil e sites de notícias

Foto: Brasil Mining Site 

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