Emprego

Desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde de 14,6% no trimestre encerrado em setembro e atingiu 14,1 milhões de pessoas

Desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde de 14,6% no trimestre encerrado em setembro e atingiu 14,1 milhões de pessoas

O desemprego no Brasil saltou para uma nova taxa recorde de 14,6% no trimestre encerrado em setembro, afetando 14,1 milhões de pessoas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos número da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (Pnad Contínua).

O índice de 14,6% corresponde a um aumento de 1,3 ponto percentual em relação ao 2º trimestre (13,3%), e de 2,8 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo do ano passado (11,8%). "Essa é a maior taxa registrada na série histórica do IBGE, iniciada em 2012, e corresponde a 14,1 milhões de pessoas. Ou seja, mais 1,3 milhão de desempregados entraram na fila em busca de um trabalho no país", 

O desemprego vem atingindo recordes desde julho no país em meio ao retorno à força de trabalho daqueles que perderam sua ocupação na pandemia mas não estavam procurando emprego. O aumento na taxa de desemprego também reflete a flexibilização das medidas de isolamento social para controle da pandemia de Covid-19.

De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desemprego, que foi de 12,8% para os homens e 16,8% para as mulheres, subiu em dez estados e ficou estável nos demais. Bahia (20,7%) teve a maior taxa e Santa Catarina (6,6%) a menor. O desemprego é maior entre os jovens, com destaque para a faixa das pessoas de 18 a 24 anos de idade (31,4%).

O contingente de ocupados no país atingiu mínima histórica de 82,5 milhões de pessoas. O nível de ocupação foi de 47,1%, ou seja, menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país e o número de trabalhadores com carteira assinada caiu 2,6% frente ao 2º trimestre, com perda de 790 mil postos.

Ainda de acordo com a Pnad Contínua, a taxa de informalidade subiu para 38,4%, contra 36,9% no trimestre anterior, o que corresponde a 31,6 milhões de pessoas e o Brasil perde 11,3 milhões de postos de trabalho em um ano, considerando todas as formas de atuação no mercado. Entre as atividades, somente construção e agricultura tiveram crescimento da população ocupada no terceiro trimestre aumento da população ocupada. 

Neste período, a economia brasileira gerou 394.989 empregos com carteira assinada em outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na quinta-feira (26). Foi o quarto mês seguido em que as contratações com carteira assinada superaram as demissões.

Fonte: G1

Foto: Reprodução da Internet

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