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Em discurso virtual na ONU, Bolsonaro afirmou que o Brasil é vítima de uma campanha brutal de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal

Em discurso virtual na ONU, Bolsonaro afirmou que o Brasil é vítima de uma campanha brutal de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal


Em discurso virtual na Assembleia das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil é "vítima de uma campanha brutal" de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. Segundo ele, o país tem a "melhor legislação" sobre o meio ambiente em todo o mundo e que o país respeita as regras de preservação da natureza.

Bolsonaro declarou que a riqueza da Amazônia motiva as críticas que o país sofre na área ambiental. O presidente afirmou ainda que entidades brasileiras e "impatrióticas" se unem a instituições internacionais para prejudicar o país.

"Somos vítimas de uma das mais brutais campanhas de desinformação sobre a Amazônia e o Pantanal. A Amazônia brasileira é sabidamente riquíssima. Isso explica o apoio de instituições internacionais a essa campanha escorada em interesses escusos que se unem a associações brasileiras, aproveitadoras e impatrióticas, com o objetivo de prejudicar o governo e o próprio Brasil", afirmou Bolsonaro no vídeo.

A gestão ambiental do governo brasileiro é um dos principais motivos de críticas que o país recebe da comunidade internacional. Desde o ano passado, entidades, países e personalidades contestam as políticas do Brasil para o meio ambiente. Países europeus apontam os desmatamentos no país como entrave para confirmação do acordo comercial Mercosul-União Europeia.

Bolsonaro fez seu pronunciamento em um momento onde o Brasil vem sofrendo intensas críticas por causa das queimadas no Pantanal, que no mês de setembro teve recorde histórico de focos de incêndio. Na Amazônia, principal alvo de preocupação da comunidade internacional, os alertas de desmatamento subiram 34% de agosto de 2019 a julho de 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo Bolsonaro, a floresta amazônica é úmida e, por isso, o fogo não se alastra pelo interior da mata. De acordo com o presidente, os incêndios ocorrem apenas nas bordas da Amazônia e são realizados pelo "índio" e pelo "caboclo". "Os incêndios acontecem praticamente nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas. Os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação", disse o presidente.

Sobre o Pantanal, Bolsonaro afirmou que as causas das queimadas são as altas temperaturas da região e a concentração de matéria orgânica no solo. "O nosso Pantanal, com área maior que muitos países europeus, sofre dos mesmos problemas. As grandes queimadas são consequências inevitáveis da alta temperatura local, somada ao acúmulo de massa orgânica em decomposição", argumentou o presidente.

Fonte: Agências

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