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Segundo a CNI, índice de confiança do consumidor na economia permanece em queda

Segundo a CNI, índice de confiança do consumidor na economia permanece em queda

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (1º) que o consumidor brasileiro continua sem confiança na economia. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec) de setembro de 2020 ficou em 42,8 pontos, 3,3 pontos abaixo da média histórica (46,1 pontos) e 4,5 pontos abaixo do último resultado disponível, de dezembro de 2019. 

O índice varia de zero a 100. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do consumidor. Quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança. Segundo a CNI, a queda do Inec da pesquisa de setembro deste ano, na comparação com dezembro de 2019, é comum a todos os perfis de consumidor considerados na pesquisa.

As maiores quedas foram dos consumidores com renda familiar maior do que cinco salários mínimos (-7,4 pontos), com ensino superior (-6,8 pontos), com idade de 25 a 34 anos (-5,5 pontos) e que moram em capitais (-5,3 pontos). Entretanto, os menores índices de confiança são registrados entre a população de renda familiar até um salário mínimo (Inec de 40,4 pontos), entre os consumidores que residem nas capitais (41,1 pontos), os com ensino superior (41,4 pontos) e os que residem na Região Sudeste (41,6 pontos).

Segundo a CNI, a falta de confiança do consumidor é explicada pela piora das expectativas em relação à evolução futura dos preços, do desemprego e da renda. Além disso, houve piora nas condições financeiras. O índice de expectativa de inflação “mostra piora significativa das perspectivas dos preços para os consumidores”. 

O indicar chegou a 71,4 pontos, com cinco altas seguidas. “A despeito da baixa inflação da economia como um todo, possivelmente o aumento de preços em produtos específicos, sensíveis para o consumidor, está afetando a percepção do seu poder de compra e contaminando as expectativas”, diz a CNI.

O índice de expectativas de desemprego subiu de 56,4, em dezembro, para os atuais 65,1 pontos, enquanto o de expectativas para a própria renda de 50 para 44,5 pontos. Já o índice de compras de bens de maior valor registrou 53,4 pontos, um ponto acima do verificado em dezembro de 2019. “O resultado reflete o início de período mais favorável para o consumo desses bens e as medidas do governo de transferência de renda”, ressaltou a CNI.

Valores acima de 50 pontos indicam expectativa de alta da inflação, desemprego, própria renda ou gastos com compras de bens de maior valor. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a expectativa de crescimento. O índice de situação financeira chegou a 54,4 pontos, depois de registrar 48,9 pontos em dezembro.

Já o índice de endividamento ficou em 50,7 pontos, contra 49,6 pontos em dezembro de 2019. Valores abaixo de 50 pontos indicam alta do endividamento ou melhora da situação financeira. A pesquisa foi realizada pelo Ibope Inteligência, que ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios. O período de coleta foi de  17 a 20 de setembro de 2020.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

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