Brasil comemora nesta quinta-feira os 90 anos da conquista do direito ao voto feminino no país

Nesta quinta-feira (24) o Brasil comemora os 90 anos da conquista do direito ao voto feminino no país. Até 1932, as mulheres eram proibidas de votar e serem votadas, mas naquele ano o direito passou a ser previsto na Constituição Federal.

Mas a busca das mulheres pelo direito ao voto no Brasil teve início muito antes, em 1891, quando foi apresentada uma proposta de emenda à Constituição Brasileira que trazia essa prerrogativa. Mas acabou que ela foi rejeitada.

Entre as pioneiras no Brasil para a conquista deste direito se destacam a professora Celina Guimarães Viana, que em 1927, por meio de um requerimento, se tornou a primeira eleitora do país, e Leolinda de Figueiredo Daltro, uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino, em 1910.

                                                                                                                                  (Foto da Fundação Getúlio Vargas)

“Quem acompanha a importância da luta das mulheres por direitos e o quanto essa discussão tem espaço nos dias atuais, muitas vezes, não imagina quão recentes são algumas das conquistas para o gênero feminino do ponto de vista histórico”, afirmou a vereadora Márcia Marzagão, ouvida pela reportagem do Achei Pará de Minas sobre o assunto.

Márcia Marzagão declarou que ainda é preciso avançar em muita coisa no Brasil quando se fala em participação feminina na política. “Este avanço precisa acontecer especialmente com a criação de condições de igualdade. Ainda hoje, as mulheres que são inseridas em espaço de poder, cargos de liderança e na política sofrem violência de inúmeras formas”, ressaltou a vereadora.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes às eleições de 2020, as mulheres representam 52,50% do eleitorado feminino no país e 45,30% das filiações partidárias. Mas quando se analisa a presença na política, apenas 15% dos candidatos eleitos eram mulheres.

“Somos a maioria do eleitorado no Brasil, entretanto a minoria em representatividade na política. Isso se dá em razão da  ausência de igualdade em oportunidade, inclusive dentro dos partidos. A criação de cotas efetivas seria o início para a solução deste problema, entretanto, vejo como é distante esse debate”, declarou Márcia Marzagão.

Texto: Antônio Anderson

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                                                                                  (Márcia Marzagão, vereadora de Pará de Minas - Foto Achei Pará de Minas)