FALANDO DE ELEIÇÕES
Propaganda eleitoral: Custo muito elevado X Pouco ou nenhum benefício
Por Rogério Maurício Pereira
Após trabalhar na cobertura jornalística de 14 eleições consecutivas, desde 1992, estou acompanhando a campanha eleitoral deste ano apenas como espectador. Até agora, não vi nada de novidade. Tudo muito repetitivo e enfadonho. O conteúdo da maioria das propagandas veiculadas chega a ser hilário de tão ridículo.
Meu sentimento é de indignação. Nós, cidadãos, pagamos para assistir ou ouvir um verdadeiro show de horrores, com mentiras e promessas absurdas. Tanto que não prometer virou a melhor proposta de campanha. E a conta não é barata! Essas eleições de 2020 vão custar R$ 4,178 bilhões. Esse dinheiro vem dos impostos que todos pagamos (sem contar o dinheiro de doações e os recursos que os próprios candidatos investem).
Veja as contas: dinheiro dado aos partidos: R$ 2,993 bilhões (R$ 2,034 bilhões via Fundo Eleitoral e R$ 959 milhões via Fundo Partidário), Gastos da Justiça Eleitoral: R$ 647 milhões (urnas, mesários, transporte etc), horário eleitoral na TV e rádio: R$ 538 milhões. Apesar do nome “gratuito”, as emissoras recebem para veicular a propaganda e esse pagamento é feito via isenção de Imposto de Renda.
Com base nesses números, cada voto dos 147 milhões de eleitores brasileiros tem um custo de R$ 28,42. Parece pouco, mas não é. Pagamos para sermos enganados a votar em políticos despreparados e espertos – com raras exceções. Essas exceções geralmente estão entre os bem-intencionados e desconhecidos candidatos colocados nas chapas dos partidos para “puxar” votos para os “donos” das legendas.
(O jornalista Rogério Maurício tem passagens pelos jornais O Tempo e Super Notícia e pelas rádios Globo, CBN e Super)
Foto: Reprodução do Facebook do jornalista Rogério Maurício
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