Política

Redes sociais tentam combater fake news em campanhas eleitorais

Redes sociais tentam combater fake news em campanhas eleitorais

As campanhas eleitorais já não são mais as mesmas do passado. Nesta década, com a ampliação do acesso à internet, a propaganda eleitoral nas redes sociais passou a ser mais relevante nas disputas políticas.

E com a pandemia do novo coronavírus, esta forma de fazer política deverá ser predominante nas eleições de 2020. Ricardo Caichiolo, cientista político e professor do Ibmec/DF, explica como as campanhas devem ocorrer este ano.

E com o fenômeno da desinformação nas redes sociais, as chamadas fake news passaram a ter forte influência das eleições. Com isso, este ano, duas das maiores plataformas digitais, Facebook e Instagram, que fazem parte do mesmo grupo, modificaram as regras para postagens patrocinadas envolvendo política e eleições.

A partir deste mês, os anúncios vão precisar usar o rótulo “pago por” ou “propaganda eleitoral” nas postagens. Assim, os usuários vão poder identificar a origem das postagens, bem como seus responsáveis. Ricardo Caichiolo afirma que as novas regras vão ajudar a identificar quem propaga as fake news.

O anunciante também vai precisar confirmar sua identidade e residência no Brasil ao Facebook e Instagram, enviando comprovante de endereço e documentação para as plataformas. As informações dos anúncios ficarão disponíveis para o público por 7 anos.

O Facebook ainda remove conteúdos em desacordo com suas regras e aqueles que podem provocar algum mal imediato à população. Conteúdos que levam a desinformação são checados por agências especializadas, com exceção de postagem de agentes políticos que não ferem as regras da rede social.

Segundo as plataformas, as regras vão garantir mais autenticidade e transparência dos conteúdos políticos impulsionados. Mas, elas destacam que cabe ao anunciante cumprir a legislação eleitoral.

Em julho, o Senado aprovou um projeto sobre fake news, responsabilizando as plataformas pela retirada de conteúdo que promova a desinformação. O projeto segue em tramitação na Câmara dos Deputados.

Fonte: Rádio Agência Nacional

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