Saúde

Instituto Butantan informou nesta quarta-feira que Coronavac atinge eficácia exigida pela Anvisa e pela OMS

Instituto Butantan informou nesta quarta-feira que Coronavac atinge eficácia exigida pela Anvisa e pela OMS

O Instituto Butantan divulgou nesta quarta-feira (23) que a Coronavac atinge a eficácia exigida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela OMS contra a Covid-19. O laboratório chinês,que criou a vacina, pediu ao Butantan o envio de toda a base de dados. Os chineses querem unificar e equalizar os dados com os ensaios feitos em outros países, como Turquia e Indonésia, para evitar que índices diferentes sejam divulgados. Isso deve levar no máximo 15 dias, e o governo paulista afirma que seu planejamento de começar a inoculação em 25 de janeiro está mantido.

"Atingiu-se os índices exigidos tanto pela Anvisa, quanto pela OMS, nos estudos de fase três. Isso salvará milhares de vidas. Poderemos resgatar a economia, nosso sonhos e poderemos abraçar e beijar todos aqueles que não pudemos ao longo de todo o ano", afirmou o secretário de Saúde de São Paulo Jean Gorinchteyn em matéria divulgada pela Folhapress. Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, disse que nessa terça-feira (22) recebeu as primeiras análises da fase 3 de testes, mais avançada, e garantiu que é "a vacina mais segura de todas".

"Houve manifestações adversas leves, com frequência muito baixa, sendo que a reação mais presente foi dor no local da injeção. Recebemos os dados de eficácia. Atingimos o limiar da eficácia, que permite o processo de solicitação de uso emergencial. Temos um contrato com a Sinovac, que especifica que o anúncio desse número precisa ser feito em conjunto, no mesmo momento. A parceira pediu para que não houvesse a divulgação do número ainda", pontuou o cientista. 

O sigilo é garantido por contrato entre as partes. Os dados, aos quais o jornal Folha de S.Paulo teve acesso, foram analisados pelo Comitê Internacional Independente, baseado na Áustria, que monitorou o ensaio com cerca de 13 mil voluntários. O mínimo exigido para aprovar uma vacina é 50% de cobertura, segundo orientação da Organização Mundial da Saúde, o que consolida a Coronavac como um trunfo político de Doria ante Bolsonaro, que trabalha abertamente contra campanhas de imunização.

O estudo começou no dia 20 de julho. A Coronavac, desenvolvida pelo laboratório Sinovac e que será produzida pelo Butantan, já havia demonstrado ser segura e capaz de provocar resposta imune em até 97% dos participantes de etapas anteriores do estudo, feitas na China. Em 23 de novembro, como a Folha de S.Paulo adiantou, o Butantan informou que havia ultrapassado o número mínimo (61) de infectados pelo coronavírus em sua fase 3 para poder analisar se o imunizante de fato é eficaz contra a doença na vida real.

Fonte: Folhapress

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