Saúde

Janeiro Roxo é dedicado à atenção para os casos de hanseníase

Janeiro Roxo é dedicado à atenção para os casos de hanseníase

Doença cercada de mitos e preconceitos, a hanseníase, conhecida popularmente como lepra, tem em janeiro um mês dedicado à atenção para o tema e ao esclarecimento sobre sintomas, prevenção e tratamento. É o Janeiro Roxo. De acordo com matéria publicada nessa segunda-feira (4) no site da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), o objetivo é ampliar o conhecimento da população sobre a doença e reforçar a importância do diagnóstico precoce para evitar a ocorrência de incapacidades. A hanseníase tem cura e o tratamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

A hanseníase é uma doença infecciosa que afeta a pele e os nervos periféricos, em especial os dos olhos, braços, pernas, orelhas e nariz. A doença acomete homens e mulheres nas mais diversas idades, incluindo crianças. Tem progressão lenta e período de incubação prolongado, podendo durar anos. Se tratada precocemente e de forma adequada, o risco de incapacidades e sequelas é minimizado, levando à cura. A coordenadora de Hanseníase da SES-MG, Marcela Lencine Ferraz, reforça que a presença de manchas associada à perda de sensibilidade na pele, além de alteração da função motora são os principais sintomas para a busca de um diagnóstico precoce para hanseníase.

“Além disso, o contato próximo, como por exemplo, dentro da mesma residência, com pacientes diagnosticados com hanseníase também indica a necessidade de procurar o serviço de saúde para uma avaliação adequada”, afirmou Marcela Ferraz. A coordenadora ainda ressalta que não há motivos para estigmas e preconceito em relação à doença. “A pessoa com hanseníase já deixa de transmitir a doença logo após o início do tratamento. Assim, não há motivo nenhum para que ela deixe de conviver com familiares e amigos ou de fazer suas atividades normalmente”, esclareceu Marcela.

Em 2020, até o dia 14 de dezembro, foram detectados 640 novos casos de hanseníase em Minas Gerais, o que representa uma taxa de 3 casos a cada 100 mil habitantes. Nos últimos 10 anos, houve uma média de 88,7% de evolução dos casos para a cura. O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio de exame dermatológico e neurológico, com testes de sensibilidade. A hanseníase inicia-se, em geral, com manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, com alterações de sensibilidade à dor, ao tato e ao quente e ao frio.

Podem aparecer também áreas dormentes, especialmente nas extremidades, como mãos, pernas, córneas, além de caroços, nódulos e entupimento nasal. Em caso de suspeita, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. O tratamento está disponível pelo SUS e é feito com medicamentos orais, durante seis a 12 meses, dependendo da forma clínica. O paciente deve comparecer mensalmente ao serviço de saúde, para ser examinado, receber a medicação e orientações. A principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce, com início do tratamento. Iniciado o tratamento, a pessoa deixa de transmitir a doença.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

Foto: Reprodução da Internet

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