Saúde

Programa Minas Consciente completa seis meses

Programa Minas Consciente completa seis meses

Há seis meses, o Governo de Minas Gerais disponibilizou, pela primeira vez, os protocolos sanitários criados pelo Estado para retomada consciente e segura das atividades econômicas nos municípios mineiros. Em abril deste ano, prefeitos, empresários e população tiveram acesso ao plano “Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo”.

Desenvolvido pelas secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Saúde (SES), o plano propõe a retomada gradual, progressiva e regionalizada da economia, embasada em critérios e dados epidemiológicos, a partir de um monitoramento constante da situação pandêmica.

“O Minas Consciente teve um papel muito importante no enfrentamento à pandemia. Constituída para ser opcional aos municípios, foi uma excelente alternativa com estrutura técnica e metodologia feita com bases sólidas na ciência, na tecnologia e nos melhores padrões de combate à covid-19”, afirmou o secretário-adjunto da Sede, Fernando Passalio.

Segundo o secretário de Estado de Saúde, o médico Carlos Eduardo Amaral, o plano cumpre o objetivo de compatibilizar o combate ao coronavírus e a preservação de vidas com a retomada segura da economia. “Após seis meses de implementação do Minas Consciente podemos dizer que a iniciativa foi extremamente positiva e está cumprindo muito bem seu papel”, afirma Amaral.

Para garantir a segurança da população, os protocolos sanitários foram divididos de acordo com as especificidades dos setores econômicos, organizados em orientações básicas, comuns a todos, e orientações específicas, destinadas a empresários e consumidores, conforme indicadores de capacidade assistencial e de propagação da doença.

Esses indicadores se tornaram base para uma matriz de risco, que segmentava as atividades econômicas em quatro ondas: verde, branca, amarela e vermelha. Após consulta pública com 630 contribuições, em diálogo com a sociedade, prefeituras e agentes econômicos, o Governo de Minas lançou, em julho, novas regras para o Minas Consciente.

Desenvolvido para simplificar as normas e tornar os critérios mais intuitivos, o novo protocolo buscou adequação ao momento de platô da pandemia no estado, com estabilidade no número de novos casos e óbitos. Para disseminar o plano, o Estado contou com a participação entidades representativas do setor produtivo e da Associação Mineira de Municípios (AMM).

Foi considerado o aumento de 71% no número de leitos de UTI na rede pública de Saúde nos três meses anteriores às mudanças. De fevereiro até agora, a ampliação do número de leitos de alta complexidade chega a 92%, num total de 3.992 unidades. As alterações também contemplaram as necessidades específicas dos municípios, principalmente daqueles com menos de 30 mil habitantes.

A segunda fase do plano usou as cores de um semáforo para tornar mais intuitivas as novas regras. A onda vermelha foi destinada a serviços essenciais, como supermercados, padarias e farmácias; a onda amarela para serviços não essenciais, como lojas de artigos esportivos, eletrônicos e floriculturas; e onda verde para serviços não essenciais com alto risco de contágio, sendo academias, teatros, cinemas e clubes.

Além da mudança na divisão de ondas, o novo plano trouxe um protocolo único de higiene e distanciamento, incluindo também definições específicas, como regras a serem seguidas em refeitórios ou alojamentos. Outra alteração foi a revisão dos indicadores que norteiam a tomada de decisão.

Passaram a ser considerados taxa de incidência covid-19; taxa de ocupação de leitos UTI Adulto; taxa de ocupação de leitos UTI Adulto por covid-19; leitos por 100 mil habitantes; positividade atual RT-PCR; % de aumento da incidência; e % de aumento da positividade dos exames PCR.

A análise dos dados passou a ser feita também no âmbito microrregional, que agrupou um número menor de cidades para contemplar características mais específicas. Semanalmente, são divulgados os índices da microrregião e da macrorregião com ondas recomendadas para cada uma delas, conforme os indicadores.

Nesta semana em que se completam seis meses do plano, mais de 650 municípios mineiros estão seguindo as regras do Minas Consciente. “Tivemos locais com 100% de municípios aderidos e, hoje, a maioria das microrregiões e macrorregiões se encontram na onda verde: mais flexível e em que maior número dos segmentos econômicos podem operar”, explica Fernando Passalio.

Segundo ele, os mineiros tiveram contribuição essencial para o sucesso do plano. “Minas Gerais se constitui como o estado com melhores indicadores epidemiológicos do Brasil, mas ainda devemos continuar atentos, vigilantes e agindo de forma responsável com uso de máscara, álcool gel e seguindo as demais orientações”, afirma.

Fonte: Agência Minas

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