Saúde

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência termina nesta terça-feira com o objetivo reduzir as estatísticas nacionais

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência termina nesta terça-feira com o objetivo reduzir as estatísticas nacionais

Termina nesta terça-feira (8) a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência. Instituída no país através da Lei nº 13.798/19, a semana tem como objetivo mobilizar unidades de saúde, educação e assistência social para desenvolver ações educativas como forma de reduzir as estatísticas nacionais.

A gravidez na adolescência é muito comum no Brasil. Dados do Ministério da Saúde colocam o país como o que apresenta a maior taxa de mães adolescentes da América Latina. Enquanto a taxa mundial é estimada em 46 nascimentos para cada 1.000 meninas de 15 a 19 anos, no Brasil esse número salta para 68,4 a cada mil adolescentes mulheres – média maior que a taxa mundial e continental.

Quanto à faixa etária, os dados revelam que em 2014 nasceram 28.244 filhos de meninas entre 10 e 14 anos e 534.364 crianças de mães com idade entre 15 e 19 anos. Esses dados são significativos e requerem medidas urgentes.

Diversos fatores concorrem para a gestação na adolescência. No entanto, a desinformação sobre sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos é o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, englobando o uso inadequado de contraceptivos.

Em números gerais, a taxa de gestação na adolescência no Brasil é alta, com 400 mil casos/ano. É uma gravidez que pode trazer complicações para a saúde física da mãe e do bebê, além de fatores emocionais e sociais para a mãe e a família.

Outros riscos são a elevação da pressão arterial e crises convulsivas. Dentre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. Relatório das Nações Unidas destaca, por exemplo, que as mortes perinatais são 50% mais altas entre recém-nascidos de mães com menos de 20 anos na comparação com recém-nascidos de mães entre 20 e 29 anos.

Outros fatores de risco que podem ser citados são: falta de suporte familiar, pobreza ou situações de risco (migração, situação de rua, refugiados), quando a mãe adolescente abandonou ou foi excluída da escola, interrompendo a sua educação e dificultando sua inserção no mercado de trabalho, abandono, omissão ou recusa do pai biológico ou parceiro pela responsabilidade da paternidade.

Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação. Educação sexual integrada e compreensiva faz parte da promoção do bem-estar de adolescentes e jovens ao realçar a importância do comportamento sexual responsável, o respeito pelo outro, a igualdade e equidade de gênero, assim como a proteção da gravidez inoportuna, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (HIV), a defesa contra violência sexual incestuosa, bem como outras violências e abusos.

Fonte: site do Hospital Nossa Senhora da Conceição (com informações do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria)

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