Cidade Política

Caixa de R$ 4 milhões e dívidas de R$ 31 milhões: Luiz Lima rebate falas de ex-prefeito sobre finanças da Prefeitura

Caixa de R$ 4 milhões e dívidas de R$ 31 milhões: Luiz Lima rebate falas de ex-prefeito sobre finanças da Prefeitura

Caixa de R$ 4 milhões e dívidas de R$ 31 milhões: Luiz Lima rebate falas de ex-prefeito sobre finanças da Prefeitura

Vice-prefeito de Pará de Minas critica declarações de Elias Diniz sobre situação fiscal e destaca dificuldades para quitar dívidas acumuladas pela gestão anterior.

Em uma resposta contundente às recentes declarações do ex-prefeito Elias Diniz sobre a situação financeira de Pará de Minas, o vice-prefeito Luiz Lima utilizou seu perfil no Instagram na quinta-feira (6) para rebater as falas de seu antecessor, destacando as dificuldades impostas pela atual realidade fiscal da Prefeitura.

As declarações de Elias Diniz, feitas em uma entrevista exclusiva ao portaldivera.com na última semana, sugeriram que o atual prefeito Inácio Franco poderia acelerar os investimentos sem a necessidade de cortes significativos. Ele também mencionou que o município teria mais de R$ 100 milhões em contas, além de R$ 50 milhões a receber.

Rebatendo essas afirmações, Luiz Lima foi enfático ao esclarecer que os R$ 100 milhões mencionados por Diniz são recursos vinculados, ou seja, destinados a finalidades específicas e não podem ser usados para quitar dívidas ou para qualquer outra necessidade orçamentária que não seja a prevista para esses fundos.

“Os recursos de R$ 100 milhões não podem ser usados para o pagamento das dívidas que ficaram pendentes. São recursos vinculados, como, por exemplo, os da Vale, que só podem ser aplicados em obras específicas, ou os do Fundeb, que devem ser utilizados exclusivamente na educação”, explicou Lima.

Ele ainda questionou a gestão anterior, destacando um paradoxo em relação ao uso do caixa municipal: “Se havia R$ 100 milhões em caixa, por que foi feito um empréstimo para pagar dívidas de R$ 100 milhões, com juros de R$ 40 milhões?”, indagou, evidenciando o impacto da gestão de dívidas na administração fiscal da cidade.

Além disso, Luiz Lima abordou o grave problema do endividamento da prefeitura, explicando que as principais dificuldades financeiras não estão nas dívidas de longo prazo, mas nos débitos vencidos ou prestes a vencer. De acordo com o vice-prefeito, a gestão atual herdou uma situação crítica: “De recurso próprio, restaram apenas R$ 4 milhões, enquanto as dívidas, os restos a pagar, somam R$ 31 milhões. Estamos falando de dívidas imediatas, que precisam ser quitadas, mas não há recursos livres disponíveis para fazer esse pagamento”, afirmou.

Esses números são confirmados por dados divulgados na audiência pública de prestação de contas do último quadrimestre de 2024, onde a dívida fundada da Prefeitura foi registrada em R$ 39,5 milhões — quase o dobro do valor registrado no ano anterior, quando o montante era de R$ 21,4 milhões.

A situação financeira delicada tem sido um dos principais desafios enfrentados pela nova gestão de Inácio Franco, que tem destacado repetidamente as dificuldades orçamentárias como um obstáculo para a implementação de ações e projetos importantes para o município.

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