Tira-dúvidas

Falando sobre a repetição desnecessária de ideias, ou redundância

Falando sobre a repetição desnecessária de ideias, ou redundância

Nesta semana vou esclarecer algumas dúvidas apresentadas pelos nossos leitores e vou começar falando sobre redundância.

A redundância é uma repetição desnecessária de ideias. É também chamada de pleonasmo vicioso. Quando se fala em redundância, as pessoas se lembram das clássicas como “subir para cima”, “descer para baixo”, “entrar para dentro”, etc.

Estas redundâncias são usadas frequentemente em nosso cotidiano, mas são um vício de linguagem que contribui para o empobrecimento do discurso.

Exemplos:

Eu vi os alunos entrarem para dentro da escola. Para dentro não pode ser usado depois do verbo entrar.

Teremos que deixar o evento para depois por causa da chuva.  Para depois não pode ser usado depois do verbo adiar.

Existem várias  expressões redundantes em nossa língua. Exemplos:

Descer para baixo

Subir para cima

Certeza absoluta

Conclusão final

Consenso geral

Protagonista principal

Voltar atrás

Gritar alto

Elo de ligação

Fatos reais

Seguir em frente

Planos para o futuro

Limite extremo

Dando de graça

Sorriso nos lábios

Adiar para depois,etc.

Para evitar as redundâncias é necessário conhecer o significado que as palavras transmitem. 


Emprego de se não e senão

Para não errar o emprego destas palavras o macete é identificar o seu significado na oração. Senão tem o sentido de “do contrário”. Se não (separado), geralmente pode ser substituído por “caso não”.

Exemplos:

Quero tomar a vacina, senão (do contrário) continuarei insegura.

Se não (caso não) entregar o relatório hoje, posso ser demitida.

Um abraço.

Maru.

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