Elias Diniz falou dos três anos da tragédia da barragem de Brumadinho

Nesta terça-feira (25) completam três anos da tragédia da barragem de Brumadinho, que causou a morte de 270 pessoas e prejudicou o fornecimento de água para várias cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, inclusive Pará de Minas.

A data foi lembrada pelo prefeito Elias Diniz durante uma entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta terça-feira. “Eu falo que foi um acidente/crime e Pará de Minas acabou sendo a segunda cidade mais afetada pelo rompimento da barragem”, declarou o prefeito.

Elias Diniz destacou que o trabalho agora é no sentido de deixar um legado para as vítimas que perderam a vida com a tragédia. “Felizmente Pará de Minas agiu rápido e conseguimos um acordo em tempo recorde com a Vale para a reparação dos prejuízos”, afirmou o chefe do poder executivo municipal.

“A interrupção do fornecimento de água prejudicou bastante o município, que vai ter direito a uma indenização de R$ 83 milhões. Já fizemos uma consulta popular para saber onde devemos investir este dinheiro e com os novos procedimentos vamos trazer mais segurança e qualidade de vida para a nossa população”, disse Elias Diniz.

Entre as obras que serão realizadas, destacou o prefeito, estão melhorias no trevo de entrada da cidade, construção de mais escolas, reforma do bloco 2 do hospital Padre Libério e a duplicação de parte do trecho da BR 352. Por causa das chuvas no início de janeiro, Elias Diniz pediu ao governo do estado o adiantamento do valor destinado pela Vale ao município.

“Pará de Minas só deverá receber a primeira parcela no segundo semestre de 2022. No entanto, boa parte deste dinheiro será destinada para obras de infraestrutura que precisam ser realizadas agora. Esperamos que uma definição sobre o nosso pedido aconteça ainda nesta semana e isso vai possibilitar que possamos começar as obras o quanto antes. A população não pode esperar”, declarou Elias Diniz.

Ainda falando sobre as chuvas, Elias Diniz destacou a situação vivida por famílias atingidas pela tempestade e que têm condição de pagar aluguel e, por isso, não podem entrar no programa do aluguel social da prefeitura.

A situação foi abordada pela reportagem do Achei Pará de Minas, que na semana passada visitou pessoas que moram no bairro Nossa Senhora das Graças e que tiveram suas casas afetadas pelas chuvas e precisaram sair.

“Tudo pode ser estudado pela Ação Social e dentro do aspecto jurídico. Podemos encontrar alternativas de ajudar estas famílias com a criação de leis votadas pela nossa Câmara Municipal”, declarou Elias Diniz. 

Texto: Antônio Anderson

Foto: Achei Pará de Minas

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